Nos últimos anos, o trabalho de entregador se tornou uma das principais fontes de renda no Brasil. Desde o aumento dos aplicativos de delivery até a popularização do frete rápido em lojas virtuais, a demanda por entregas só cresce. No entanto, uma dúvida permanece: vale mais a pena trabalhar de moto ou de carro?
Neste artigo, você vai entender as vantagens, desvantagens e custos reais de cada opção. Além disso, vamos mostrar o retorno financeiro médio, a despesa mensal e as melhores estratégias para aumentar o lucro. Tudo com base em dados e experiência prática de quem realmente trabalha na área.
Entregador de moto: agilidade e custo baixo
Trabalhar como entregador de moto é uma das opções mais populares no Brasil, e não é à toa. As motos oferecem baixo custo de manutenção, consumo reduzido de combustível e facilidade para circular em áreas urbanas.
Entretanto, antes de decidir, é importante compreender todos os fatores que influenciam o lucro.
Vantagens da moto
- Economia de combustível: uma moto 150cc faz, em média, 30 a 40 km por litro.
- Baixo custo de compra: o investimento inicial é menor.
- Facilidade de estacionamento: ideal para centros urbanos.
- Mais entregas por hora: graças à mobilidade e ao trânsito reduzido.
Desvantagens da moto
- Maior exposição a riscos: tanto de acidentes quanto de roubo.
- Limitação de carga: não é possível transportar grandes volumes.
- Conforto reduzido: trabalhar longas horas pode ser desgastante.
Custos médios mensais (moto 150cc)
| Item | Custo aproximado |
|---|---|
| Combustível | R$ 400 a R$ 700 |
| Manutenção e óleo | R$ 150 |
| Seguro e proteção | R$ 150 |
| Total médio mensal | R$ 700 a R$ 1.000 |
Em contrapartida, os ganhos variam entre R$ 2.500 e R$ 5.000 por mês, dependendo da cidade e das horas trabalhadas. Assim, o lucro líquido costuma ficar entre R$ 1.800 e R$ 4.000 mensais.
Entregador de carro: conforto e capacidade
Trabalhar com carro também é uma opção bastante atrativa, principalmente para quem busca conforto e maior segurança. Além disso, veículos de passeio permitem transportar encomendas maiores e oferecer serviços premium (como entregas expressas ou refrigeradas).
Vantagens do carro
- Mais conforto e proteção climática.
- Capacidade para volumes grandes e múltiplas entregas.
- Maior segurança pessoal.
- Possibilidade de diversificar o serviço (motorista de app, entrega corporativa, transporte de documentos).
Desvantagens do carro
- Consumo mais alto: média de 10 a 14 km por litro (gasolina).
- Manutenção e peças mais caras.
- Dificuldade para estacionar.
- Menor velocidade média em grandes centros.
Custos médios mensais (carro 1.0 flex)
| Item | Custo aproximado |
|---|---|
| Combustível | R$ 1.000 a R$ 1.500 |
| Manutenção | R$ 250 |
| Seguro e documentação | R$ 300 |
| Total médio mensal | R$ 1.500 a R$ 2.000 |
Os ganhos, por outro lado, podem ser maiores: R$ 3.500 a R$ 6.000 mensais. No entanto, após deduzir despesas, o lucro líquido costuma ficar entre R$ 2.000 e R$ 3.500.
Comparativo direto: moto x carro
| Aspecto | Moto | Carro |
|---|---|---|
| Custo de compra | R$ 10 mil | R$ 45 mil |
| Consumo médio | 35 km/L | 12 km/L |
| Conforto | Baixo | Alto |
| Capacidade de carga | Limitada | Alta |
| Segurança pessoal | Baixa | Média |
| Lucro médio líquido | R$ 1.800–R$ 4.000 | R$ 2.000–R$ 3.500 |
| Tempo de entrega | Mais rápido | Mais lento |
Em resumo, a moto oferece maior rentabilidade, enquanto o carro traz conforto e versatilidade. Portanto, a escolha ideal depende do perfil de trabalho e das prioridades pessoais.
Custo-benefício real: qual vale mais em 2025?
De forma prática, a moto ainda é o veículo com melhor custo-benefício para entregas urbanas. O baixo investimento inicial e a economia diária com combustível tornam o retorno mais rápido.
Por outro lado, o carro pode se destacar em entregas corporativas, serviços de e-commerce e logística leve. Isso ocorre porque empresas costumam pagar mais para quem oferece transporte seguro de volumes maiores.
Em cidades menores, a moto domina. Entretanto, nas capitais, carros com baú refrigerado ou elétricos compactos estão ganhando espaço — principalmente por causa das novas regulamentações de emissão e conforto.
Como escolher o melhor para o seu perfil
1. Analise o tipo de entrega
Se você entrega alimentos, a moto é mais eficiente. Porém, se trabalha com documentos, eletrônicos ou grandes pacotes, o carro pode ser mais estratégico.
2. Calcule o retorno
Faça uma planilha simples: gastos fixos (combustível, seguro, manutenção) e ganhos médios. Assim, você visualiza o lucro real antes de investir.
3. Pense na saúde e no conforto
A rotina de entregas é intensa. Portanto, escolher um veículo que ofereça segurança e conforto pode evitar cansaço e acidentes.
4. Avalie oportunidades locais
Em algumas cidades, há alta demanda por entregadores com carro — especialmente em áreas corporativas e logísticas. Logo, estudar o mercado local é fundamental.
Dicas para aumentar os ganhos
- Use aplicativos múltiplos: combine Uber Eats, iFood, Rappi e entregas independentes.
- Otimize rotas: use apps como Waze ou Google Maps para evitar trânsito.
- Faça manutenção preventiva: isso reduz custos e imprevistos.
- Mantenha boa avaliação: entregadores bem avaliados recebem mais pedidos.
- Registre-se como MEI: dessa forma, você tem CNPJ, benefícios e pode emitir nota fiscal.
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Fontes de pesquisa
- SEBRAE: Custos operacionais de MEIs do setor de transporte.
- Fipe: Tabela de consumo e manutenção de veículos populares.
- Portais UOL e CNN: Tendências do mercado de entregas e mobilidade urbana.
- iFood e Rappi (Relatórios anuais): média de ganhos de entregadores.
Conclusão
Em síntese, a moto é mais vantajosa para quem busca lucro rápido e custo menor, enquanto o carro oferece conforto e estabilidade. No final, o melhor veículo é aquele que se encaixa na sua realidade e nos tipos de entrega que você faz.
Por isso, antes de investir, analise o mercado local, os custos fixos e o seu perfil profissional. Assim, você transforma o trabalho de entregador em uma fonte de renda sólida e sustentável.
